Relatório dos quinze (15) anos de Formação de Liderança em Missão Sénior em África, Lições e Experiências

Resumo Executivo

Em 2019, as Instituições Membros (OMS) da Associação Africana de Formadores de Apoio à Paz (APSTA), e outros Centros de Formação de Excelência (TCEs), decidiram fazer um balanço das lições e experiências da entrega do Curso Regional de Liderança da Missão Sénior (RSMLC) ao longo dos últimos quinze anos. Em colaboração com MIs, RECs/RMs e em consulta com a AU PSOD, o Secretariado da APSTA – apoiado pelo Instituto das Nações Unidas para a Formação e Investigação (UNITAR) – iniciou o Projeto com o objetivo de:

  • Identificar, partilhar e documentar experiências e lições sobre a entrega da Formação Regional de Liderança de Missão Sénior em África pelos Centros de Formação de Excelência;
  • Utilizar lições e experiências para melhorar a formação, educação e aprendizagem de SML, facilitando uma base comum de desenvolvimento de conhecimentos, competências e atitudes;
  • Adaptar a formação RSML aos requisitos da missão em todos os contextos, incluindo em epidemias ou pandemias, para a realização da 4ª Aspiração da Agenda 2063 da AU.

Na sequência de um inquérito de base que serviu para solicitar pontos de vista sobre conteúdos e aspetos cruciais para a liderança da RSML, realizou-se uma videoconferência de 3dias(24, 25 e27 de novembro de 2020), onde 30 especialistas dissecaram o currículo do curso de RSML e ofereceram recomendações sobre o caminho a seguir para a APSTA, TCEs e a AU. As recomendações foram posteriormente validadas.

As recomendações apontam para um afastamento da natureza excessivamente teórica e académica do conteúdo atual e da metodologia de entrega. Isto implica o reflexo explícito dos novos ambientes operacionais que as equipas de liderança enfrentam. Os Peritos sublinharam ainda o valor da formação de análise conjunta, planeamento e incorporação de comportamentos de liderança durante a formação. No que diz respeito à entrega do curso, os peritos recomendaram vivamente que o componente presencial permaneça em duas semanas, mas que, de outra forma, se descompriu numa abordagem mais interativa, dinâmica e orientada para o funcionamento. É imperativo alinhar-se com materiais de formação e mensagens-chave desenvolvidas pela ONU e pela AU, salvaguardando simultaneamente a continuidade, renovando a parceria com a UNITAR, a fim de permitir a cooperação necessária para iniciar, manter e finalizar o processo de pilotagem de um RSML recalibrado.

Tendo em conta os passos que se seguem, e como próximos passos para o Projeto, recomenda-se ainda que haja uma nova fase do projeto para constituir um grupo de trabalho permanente dos Peritos RSML para África coordenado pela APSTA e pela UNITAR, com a tarefa de:

  • Projeto de Módulos RSML recalibrados, rever o exercício carana e desenhar um piloto RSML em colaboração com a AU PSOD e MIs da APSTA;
  • Fornecer documentos comprovativos aos Diretores de Cursos, Mentores e Facilitadores nas ED ET e TCEs e desenvolver uma base de dados abrangente de Peritos e Recursos para O RSML em África, disponível para MIs, TCEs e RECs/RMs, parceiros, etc;
  • Alargar a base para a participação em Cursos RSML para refletir adequadamente as complexidades dos ambientes de missão contemporânea.